Dizem que as pessoas e as coisas nos são um aprendizado.
Eu não sei.
Talvez apenas estejam ali, coincidentemente.
Talvez nada seja planejado e todas as escolhas nos conduzam a nós mesmos, por fim.
Onde estamos?
O quê, ou quem, realmente somos?
Cansa, sempre pensar que coisas e pessoas ou são boas, ou são más.
Elas apenas estão.
O estar é momentâneo?
Ser eternamente pesado em balanças, exaure.
Esse equilíbrio que todos insistem em alcançar é quase sempre inatingível.
Uma (auto)cobrança inútil.
Uma (auto)mutilação do eu.
Presos numa fatídica sensação de pausa entre subidas e descidas de uma vida que não para.
Os cenários mudam, a humanidade não.
Não! Ao protagonismo de um teatro universal!
Por favor…captura.
Elegível é o coração que consegue sobreviver a isso.
Penso que a alma deva ser leve.
Estaria a leveza nas (des)obrigações?
No ócio respirável dos dias?
(…)
A manhã se anuncia num céu que se cobre num espetáculo de sala quase vazia.
A paisagem da janela me chama.
Eu vou.
(Você é o meu aprendizado mais lindo).